A Poetisa e a Lua
Solene silencia a noite
Solene silencia a noite
Distante a poetisa sonha
O versejar ressoa
Seu sentimento que ecoa
Contidamente, a lua sorri
Um sorriso minguante,
Pouco interessante...
A poetisa lança a rima
No papel vazio
E um abrir de lábios
Desenha-se na face
Da mulher que escreve
Um sorriso cheio
Com muito enleio
Sorrateiramente...
a lua,quarteia a vida
Silenciosamente...
a poetisa, acrescenta à lida
uma emoção sentida
que a lua exibida tenta profanar
A noite avança...
E tal qual criança
Tateia em busca de luz
A lua se apaga
A poetisa afaga
O verso farto
Que nasceu no quarto
De lua reversa
Que como madrasta perversa
Não deixava a augure
Na sua missão mais santa:
Poetar
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