Ao contrário do que se pensa, a sensualidade cigana de nada vale no
seu casamento. Na formação dos pares, o romantismo dá lugar à critérios
mais objetivos como a capacidade da noiva em ganhar dinheiro. A escolha
do par pertence ao pai, podendo também ser feita pelos filhos, que dificil-
mente o fazem em respeito ao mais velho. Nesse momento não há infideli-
dade, poligamia e nem homossexualismo. Agora quanto ao ritual, há vari-
ações de tribo para tribo, podendo o noivado durar de alguns dias a meses.
O pedido é feito à família da noiva pelo pai do pretendente que tam-
bém combina o valor do dote que será pago pela perda da moça. Já entre os
sintos, os noivos arquitetam uma fuga e mais tarde pedem aos pais que
reconheçam a união. Se a família concordar, eles voltam para uma festa de
cinco dias para que o público conheça o novo casal, mas, para essa chega-
da, a noiva recebe dois tapas que simbolizam o perdão. No decorrer da
festa alguém respeitado falará sobre a importância e responsabilidades do
casamento.
Nas demais tribos as festas duram três dias, armando-se duas ten-
das. O primeiro dia de festa é dedicado a preparação da comida, o segundo
à uma reunião na tenda da noiva e a distribuição de flores e, o terceiro dia,
o ponto alto da festa. Acompanhando o pai carregando uma bandeira ver-
melha, o noivo vai à tenda da noiva onde entra forçando a passagem, é
convidado a beber com os pais num dela diálogo pré-estabelecido e, en-
fim, a noiva é erguida em cima da mesa e entregue a ele. Ambos terão as
mãos unidas num lencinho vermelho onde um ancião faz votos de felicidade
Terminada a festa, mais duas cerimônias: a entrega do lenço a ser
usado na cabeça, que é o símbolo da aliança e a prova do lençol, que ao ser
usado entre os noivos, deverá ser apresentado ao público sujo de sangue
para provar a virgindade da moça.
Há também tribos que fogem desses rituais, como os Homs que
casam no ritual ortodoxo e os Caloms, que casam no ritual católico..
Nenhum comentário:
Postar um comentário